DESIGNAÇÃO
Solar de Ervedal da Beira
CATEGORIA/TIPOLOGIA
Arquitetura Civil / Solar
LOCALIZAÇÃO
DIVISÃO ADMINISTRATIVA
Coimbra / Oliveira do Hospital/ Ervedal e Vila Franca da Beira
LOCAL
Rua Dr. Francisco Brandão, Ervedal da Beira
PROTEÇÃO
SITUAÇÃO ATUAL
Classificado
CATEGORIA DE PROTEÇÃO
Classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP)
CRONOLOGIA
Decreto n.º 95/78, DR, I Série, n.º 210, de 12-09-1978
NOTA HISTÓRICO-ARTÍSTICA
Pertencente à coroa desde a fundação da nacionalidade, a povoação de Ervedal da Beira cedo se constituiu como sede de concelho. Ainda no reinado de D. Sancho I o seu senhorio foi doado diversas vezes a instituições distintas, num curto espaço de anos.
Em 1193 D. Dulce fazia doação da terra ao convento de São Romão de Seia, mas esta casa conventual seria destruída e incendiada por um ataque de tropas muçulmanas em 1196, pelo que o senhorio de Ervedal passava para a posse da casa-mãe do mosteiro destruído, o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra (MELO JUNIOR, 2003).
O seu primeiro foral foi doado por D. Teresa, filha de D. Sancho I, em 1249, atestando-se neste documento que a vila era já sede de concelho, e posteriormente couto real, embora este só se tenha tornado efectivo no reinado de D. Afonso III (Idem, ibidem). No início do século XVI D. Manuel mandou reformar o antigo foral da vila, numa época em que a indústria da tecelagem se encontrava em franca expansão no concelho.
Foi precisamente nos primeiros anos do século XVI que foi edificado o solar de Ervedal, ou como era também conhecido, a casa dos "fidalgos de Ervedal", mandada edificar por Diogo Brás Pinto (Idem, ibidem). O edifício do solar é composto por três corpos, edificados em épocas distintas, o que lhe conferiu alguma irregularidade nos volumes.
Do lado esquerdo, com planimetria rectangular disposta longitudinalmente, encontra-se o corpo principal da casa, que corresponde ao núcleo primitivo, embora a sua estrutura tenha sido alterada nos últimos anos do século XVII. A fachada divide-se em dois registos, destacando-se a desproporção entre as portas e janelas, uma vez que a cércea baixa dos portais de entrada distribuídos pelo piso térreo aumenta visualmente a proporção das janelas de sacada do andar nobre.
Do lado direito, adossada ao conjunto habitacional e formando um L, foi edificada a capela de Santo António, edificada em 1680 por António Tavares Pinto.
A fachada, com uma estrutura muito simples de gosto chão , é rasgada ao centro por um portal de moldura recta com friso saliente. No interior, para além do retábulo de talha com imagem do santo padroeiro, existe ainda a pedra tumular do fundador do pequeno templo, com a seguinte inscrição: "S(EPULTUR)A DE ANTONIO TAVARES PINTO E DE SUA MOLHER ANNA DE SEQ(UEIR)A CASTELLO B(RAN)CO ISNTETUIDORES DESTA CAPELA" (CM Oliveira do Hospital, 1980, p. 40). Na extremidade da casa foi edificada uma torre de três registos, adossada ao corpo da capela, com janelas abertas em todos os pisos.
Pertencendo ainda à família dos "fidalgos de Ervedal", cuja carta de brasão foi confirmada por D. João V em 1727 a António Tavares de Albuquerque (MELO JUNIOR, 2003), o solar de Ervedal da Beira foi transformado em unidade de turismo de habitação em 1992.
Catarina Oliveira
GIF/IPPAR/2006
DESIGNAÇÃO
Igreja Matriz de Penalva de Alva
CATEGORIA/TIPOLOGIA
Arquitetura Religiosa / Igreja
LOCALIZAÇÃO
DIVISÃO ADMINISTRATIVA
Coimbra / Oliveira do Hospital / Penalva de Alva
LOCAL
Penalva de Alva
PROTEÇÃO
SITUAÇÃO ATUAL
Classificado
CATEGORIA DE PROTEÇÃO
Classificado como IM - Imóvel de Interesse Municipal
CRONOLOGIA
A classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112 da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Decreto n.º 29/84, DR, I Série, n.º 145, de 25-06-1984
ZEP
Abrangido em ZEP ou ZP
NOTA HISTÓRICO-ARTÍSTICA
Matriz da localidade de Penalva do Alva, a igreja de São Tomé é uma edificação oitocentista situada junto ao rio, que substituiu a antiga paroquial existente, desde pelo menos o século XVI, num local mais elevado.
A capela-mor é ainda mais recente, mas é evidente a unidade do conjunto, que denuncia a inspiração em modelos barrocos, quer a nível arquitetónico, quer decorativo.
Na fachada principal, quatro pilastras definem os cunhais do edifício e a zona central, abrindo-se, nesta última, o portal, de moldura reta, rematado por frontão contra curvado e tímpano segmentado, encimado por uma concha. Um entablamento suporta o frontão do alçado, mas é interrompido, no pano central, onde se situa o janelão e a coroa, no eixo do portal.
No prolongamento das pilastras centrais, erguem-se duas estátuas que flanqueiam a cruz, sobre o frontão contra curvado. No lado da epístola ergue-se a torre, adossada à igreja, mas num plano mais recuado. Um dos sinos tem a data de 1785 e é dedicado a São Tomé, razão pela qual deverá ter pertencido ao templo primitivo.
No interior, de nave única, existem duas capelas e dois altares colaterais, de talha dourada e branca, tal como o da capela-mor. Executados também no século XIX, estes retábulos recuperam o gosto do século que os precedeu, apesar da linguagem de cariz neoclássica que se adivinha. O arco de triunfo é em cantaria e muito alteado e, na nave, existe ainda um púlpito.
Num templo de construção tardia, que se pauta pela austeridade e contenção decorativa, ganha especial relevância o património móvel, constituído pelas esculturas renascentistas da Virgem com o Menino, em pedra, a de São Sebastião em pedra do século XVI-XVII, e a de São Tomé, em madeira, mas já do século XVIII. Uma pintura, em madeira, representando a Anunciação, é quinhentista e a custódia, de prata, remonta ao século XVII.
(Rosário Carvalho)
DESIGNAÇÃO
Casa Brás Garcia de Mascarenhas
CATEGORIA/TIPOLOGIA
Arquitetura Civil / Casa
LOCALIZAÇÃO
DIVISÃO ADMINISTRATIVA
Coimbra / Oliveira do Hospital / Avô
LOCAL
Rua Brás Garcia de Mascarenhas, Avô
PROTEÇÃO
SITUAÇÃO ATUAL
Classificado
CATEGORIA DE PROTEÇÃO
Classificado como IM - imóvel de Interesse Municipal
CRONOLOGIA
A classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112 da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Decreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997
NOTA HISTÓRICO-ARTÍSTICA
Localizada no centro da vila de Avô, perto do Rio Alva, a Casa de Brás Garcia Mascarenhas foi edificada no século XVI, servindo então de habitação a um dos mais ilustres habitantes da terra. O edifício, de planta retangular irregular com dois corpos justapostos, é um exemplar de arquitetura senhorial quinhentista, que mantém muitos elementos da traça original. Na fachada principal, o corpo à esquerda, mais elevado, divide-se em dois registos, apresentando no primeiro um conjunto de portas de arco abatido sobre o qual se edificou, no segundo piso, uma varanda alpendrada ao gosto das loggie quinhentistas. O segundo corpo, à direita, possui apenas um registo, com uma porta e uma janela rasgada no frontispício.
A fachada lateral, que acompanha o desnível entre as ruas principal e traseira onde se implanta a casa, exibe duas portas e duas janelas a diferentes alturas.
A fachada tardoz, que exibe o aparelho de pedra original, apresenta-se dividida em quatro pisos, com abertura irregular de portas e janelas, destacando-se uma janela de mainel com motivo floral esculpido no intradorso. No piso superior tem também um alpendre, este já de construção contemporânea.
No interior, a casa possui um átrio coberto com abóbada de aresta, à volta do qual se dispõem as divisões habitacionais.
Em 1596 nasceu, na vila de Avô, Brás Garcia Mascarenhas, alcaide do castelo de Alfaiates que se notabilizou tanto pelo seu papel nas lutas pela Restauração da Independência, em 1640, como pela sua obra literária, da qual se destaca a epopeia Viriato Trágico . A casa onde viveu o militar e poeta mantém-se na posse da sua família, apresentando ainda o traçado e alguns elementos decorativos quinhentistas.
Nos finais do século XX, o edifício apresentava sinais de avançada degradação, pelo que foi sujeito a obras de recuperação e ampliação entre 2006 e 2009.
A casa foi classificada como de interesse municipal em 1997, atendendo ao significado histórico e cultural que apresenta para a população local.
Catarina Oliveira
DGPC, 2016
(com a colaboração de Maria da Graça Cardoso, CM Oliveira do Hospital)
Nasceu a 27 de Fevereiro de 1955, em Ervedal da Beira, concelho de Oliveira do Hospital
Habilitações Literárias: Curso do Magistério Primário em Coimbra e Licenciatura em Educação Física pelo Instituto Superior de Ciências Educativas
Carreira Profissional:
- Presidente do Conselho Executivo da Escola da Cordinha,
- primeiro Presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas da Cordinha,
- Secretário da Direção da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira do Hospital,
- Fundador e Membro dos órgãos sociais do NDEIB,
- Membro do Conselho Geral Do Sindicato de Professores da Zona Centro,
- Membro da Comissão Alargada de Proteção de Jovens de Oliveira do Hospital,
- Presidente do Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira do Hospital
- Presidente da Assembleia Geral da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira do Hospital.
Cargos Políticos anteriores: Deputado à Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital pelo Partido Socialista (2005-2009), Membro da Assembleia de Freguesia de Ervedal da Beira (1990-93)
Cargos Políticos atuais: Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e Presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra.
Outros cargos: Presidente do Conselho de Administração da APdSE – Águas Públicas da Serra da Estrela
Nota Biográfica: Nasceu a 29/07/1964 em Oliveira do Hospital,
Docente de Educação Física do 2º ciclo do Quadro de Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital
Habilitações:
Conclui o Curso do Magistério Primário em Lamego, que lhe confere o Bacharelato em 1988,
Conclui a Licenciatura em “Professor do 2º Ciclo do Ensino Básico – Variante de Educação Física em 1992
Conclui o Mestrado em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores em 2012
Formador de ações de formação para Professores
Certificado de Aptidão Profissional
Cargos de Dirigente:
Presidente da Comissão Provisória do Agrupamento de Escolas da Cordinha
Presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas da Cordinha
Diretor do Agrupamento de Escolas da Cordinha
Membro da Comissão Instaladora do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital
Diretor do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital
Outros Cargos
Membro suplente da Direção da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira do Hospital
Presidente da Assembleia de Freguesia de Ervedal da Beira, 2009/013
Presidente da Assembleia da União de Freguesias de Ervedal e Vila Franca da Beira, 2013/17
Membro da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, 2013/17
Presidente da Assembleia Geral da Sociedade Recreativa Ervedalense – Ervedal da Beira (Oliveira do Hospital) – 2005 …
Secretário da Assembleia Geral do Clube de Caça e Pesca de Oliveira do Hospital - 2007-2012
Presidente da Assembleia Geral do Clube de Caça e Pesca de Oliveira do Hospital – 2012 …
Presidente do Rotary Clube de Oliveira do Hospital – Julho de 2009 a Junho de 2010
Membro fundador da Confraria dos Bolos, Doces aguardentes e Licores de Ervedal da Beira, exercendo atualmente a função de Vogal do conselho fiscal
Cargos Políticos: Vereador.