sexta, 31 março 2017 09:15

Município de Oliveira do Hospital assinala Dia Internacional da Tolerância

O Município de Oliveira do Hospital, através do projeto "Igualdade Local: Cidadania Responsável" assinalou o Dia Internacional da Tolerância, celebrado anualmente a 16 de novembro, com a apresentação do livro "O Cassador de Muros" de Ana Filomena Amaral.

 

A sessão aberta ao público, e que contou nomeadamente com a participação de alunos da EPTOLIVA e da Universidade Sénior de Oliveira do Hospital, teve a moderação e contextualização pelo professor Luís Filipe Torgal. Após a apresentação do sexto romance da autora perante uma plateia constituída por diversas faixas etárias gerou-se um interessante debate centrado em questões como a tolerância, o diálogo, o respeito e cooperação entre diferentes povos e civilizações, bem como uma reflexão sobre o atual estado do mundo.

 

 

Como assinalou a vereadora da Educação e da Cultura, Graça Silva, na abertura da sessão, a Câmara Municipal enquanto promotora do projeto "Igualdade Local: Cidadania Responsável que trata as questões da igualdade e também da tolerância, não quis deixar de assinalar esta efeméride" com a apresentação deste livro que aborda também esta importante questão, reportando nomeadamente para algumas preocupações atuais.

 

Sobre o livro, o professor e historiador Luís Torgal disse que "nos fala de tolerância e intolerância, e narra a história de cruzamento entre ficção e realidade" em que cada capítulo é um conto e "tem uma análise interpretativa" sobre vários muros que permanecem edificados pelos vários cantos do mundo. Se após a queda do muro de Berlim, cresceu a esperança entre as pessoas, o docente entende que "hoje vivemos tempos difíceis e é preciso agir nas várias vertentes, seja nas ruas, na escola, no café, no trabalho, na vida cívica".

 

Ana Filomena Amaral mostrou a sua satisfação pela oportunidade de apresentar o seu livro no Dia Internacional da Tolerância, que considera "a base da nossa sobrevivência como sociedade, como coletivo. É a base de toda e qualquer relação, isso é inquestionável".

 

"É um prazer enorme para mim estar aqui, no Dia Internacional da Tolerância para falar dos efeitos da intolerância construída em muros que nunca mais caem", disse a autora que explicou ainda a história deste livro, centrada na personagem de um jornalista que percorre os países onde ainda existem muros na tentativa de os "cassar".

 

"Quando comecei a fazer investigação descobri que havia ainda tantos muros de pé e falo aqui, neste livro, dos que me pareceram mais importantes e mais trágicos", acrescentou, defendendo, que "já não há tempo para ficar à espera. Este livro é também um grito, um apelo, uma denúncia para que não esperemos mais tempo".

 

Seguiu-se um espaço de debate e troca de ideias sobre a tolerância em que cenário mundial atual acabou por centrar as atenções, pouco tempo após as eleições nos Estados Unidos da América. Presente no final da sessão, também o vice-presidente e vereador da Solidariedade e Ação Social, José Francisco Rolo defendeu que "não nos podemos deixar dominar pelos muros que vão erigindo todos os dias" e deixou um apelo, após a reflexão sobre o estado atual da Europa e do Mundo, "à resistência e ao otimismo, assumindo os valores do progressismo, das sociedades abertas e livres, assumir alternativas perante a imposição do 'pensamento único'" indo ao encontro do que defende o Fórum Social Mundial de que "outro Mundo é possível".

 

               

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