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Oliveira do Hospital é um dos mais belos concelhos do distrito de Coimbra e da Serra da Estrela.

“Empregos de Futuro” em debate na Feira do Emprego

“Empregos de Futuro” foi o mote para a conferência realizada no âmbito da III Feira do Emprego, Formação e Empreendedorismo de Oliveira do Hospital e que reuniu João Nunes, presidente do Conselho de Administração da BLC3 – Plataforma para o Desenvolvimento; Carlos Veiga, presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH); e Miguel Ventura, presidente da ADIBER.

Ao longo da sessão, moderada por Nuno Nunes, docente na EPTOLIVA, os oradores deram pistas sobre as áreas de futuro no concelho e na região, procurando capacitar a plateia, composta na sua maioria por alunos e desempregados, das ferramentas existentes para fazer as escolhas mais acertadas para a sua qualificação e futuro profissional.

“Estarmos o melhor preparados possível para o futuro” é a receita do presidente da ESTGOH, o que passa por que cada um consiga “pensar na formação e adquirir um conjunto de competências para se posicionar no mercado”. Carlos Veiga, que fez uma breve apresentação da formação superior e do trabalho que é desenvolvido na escola, entende que “a qualificação das pessoas, por si só, não produz desenvolvimento, mas sem formação ele também não se consegue. Temos de perguntar aquilo em que somos bons, o que nos diferencia”, continuou o docente, defendendo uma aposta no desenvolvimento de produtos endógenos e na energia, “setores que estão aqui ancorados” através dos projetos que têm vindo a ser desenvolvidos na BLC3. “Oliveira do Hospital tem condições para ter boa qualidade de vida, só é preciso gerar uma dinâmica económica para que as pessoas se fixem”, concluiu o presidente da escola superior.

À frente da Plataforma de Desenvolvimento que tem em curso vários projetos direcionados para produtos endógenos, como a pera passa e o Queijo Serra da Estrela, mas também relacionados com a eficiência energética, através da instalação de uma biorrefinaria capaz de transformar matos incultos em substitutos dos combustíveis fósseis, João Nunes, presidente da BLC3 explicou que “o trabalho do futuro dependerá da capacidade de cada um conseguir gerar o seu emprego”. O responsável indicou a agricultura profissional como uma saída, através da “aposta em produtos que não existem em mais nenhuma parte do mundo”, sugerindo aos jovens que “procurem projetos onde sejam bons” e que “valorizem o território de onde são”. Além de ser cada vez mais crucial colocar a investigação ao serviço da indústria produtiva para alavancar a economia, João Nunes apontou o setor primário, a floresta e a tecnologia como setores onde haverá emprego de futuro e indicou aos jovens que “é mais fácil a integração numa empresa se apresentarem novas ideias ou projetos”.

“Aproveitar o nosso potencial que não encontramos em mais lado nenhum” foi a receita de Miguel Ventura, que frisou que existem vários programas de apoio para “transformar ideias em projetos executáveis”. Um deles é o sub-programa 3 do PRODER, cujos fundos na região são geridos pela ADIBER e que tem financiado vários promotores “que souberam aproveitar estes dinheiros para criar os seus negócios ou alavancá-los”. Dos 6,5 milhões de euros disponíveis em 2009, no início do funcionamento do atual Quadro Comunitário de apoio, o responsável explicou que restam 700 mil euros para apoiar negócios, entendendo ser relevante que a região da Beira Serra “mostrou dinâmica” e foi o ponto de partida para que jovens e desempregados tenham procurado ajuda junto da ADIBER para criar o seu posto de trabalho e, em alguns casos, novos empregos. “Sirvam-se de nós”, desafiou Miguel Ventura, percebendo que na região “as ideias são muitas, há que aproveitar os instrumentos para transformar essas ideias em negócios reais”.

No segundo dia da Feira do Emprego, Formação e Empreendedorismo houve ainda lugar para um workshop dirigido maioritariamente a empresários do concelho sobre o novo programa “Portugal Sou Eu”, que substitui a iniciativa “Compro o que é Nosso”. Susana Carneiro, da Associação Empresarial de Portugal, falou sobre este programa do Ministério da Economia e do Emprego que visa valorizar a oferta nacional, melhorar a competitividade do país e contribuir para o equilíbrio sustentado da balança comercial.

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